Vereadora Eulina Amorim faz duras críticas a pré-candidatura de Teti Britto



Em conversa com o site JDLNordeste a vereadora e ex-presidente da Câmara de Ribeira do Amparo, Eulina Amorim (PT) demonstrou toda sua indignação com a notícia da pré-candidatura da ex-prefeita e biomédica, Tetiana de Paula Fontes Cedro Britto, conhecida como Teti Britto (PSD), que foi afastada do cargo por irregularidades financeiras em sua gestão.

Para Eulina, “acreditar que o povo de Ribeira do Amparo não tem memória é um absurdo completo. Porquê nossa população votaria numa candidata com um passado de irregularidades e mal feitos no município? Me causa estranhamento saber que um grupo político dá apoio a uma pessoa com imagem cheia de máculas e mazelas, e que inclusive foi afastada pela justiça, do cargo de prefeita, por dilapidar recursos federais que deveriam ser usados na educação municipal”, destacou a vereadora.

Outra situação que Eulina também destacou foi o fato da pré-candidata ser filiada ao PSD partido da base do Governador Rui Costa (PT) e em Ribeira do Amparo o prefeito Germano Santana é do Partido dos Trabalhadores. “Será que o PSD municipal não se preocupa em ter em suas fileiras uma pré-candidata com bagagem pesada de desvios de recursos e incompetência administrativa, e que aqui vem para fazer oposição ao trabalho honesto e transparente que o atual gestor realiza no município?”, questionou a parlamentar.

A vereadora acrescentou ainda que a ex-prefeita também foi afastada do cargo pela Câmara Municipal em dezembro de 2016 e disse que entre os vários erros da gestão Teti Britto, está o afastamento da delegada sem justificativa e sem indicar outro titular para assumir, deixando a delegacia sem comando trazendo prejuízos para segurança do município.

Um pouco da trajetória polêmica de Teti Britto

Em 2012, com uma diferença de apenas 195 votos, Teti Britto obteve uma vitória apertada contra o atual prefeito Germano Santana (PT), numa clara demonstração que a população estava muito dividida e pairava muitas dúvidas sobre a proposta de governo da então eleita gestora.

Antes mesmo de assumir o cargo Teti Britto foi acusada de estar envolvida num esquema ilegal de “doação” de material de construção para eleitores, ela, o seu marido Marcello da Silva Britto (ex-prefeito), o candidato a vereador Edson Conceição dos Santos e mais duas pessoas foram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público estadual. Todos eles, segundo o promotor de Justiça Pablo Almeida, cometeram o crime de compra de votos. Saiba mais em: https://www.mpba.mp.br/noticia/27695

Em novembro de 2015, numa entrevista concedida a um site de notícias, Teti Britto revelou todo seu descontentamento com a péssima relação entre o executivo e legislativo, e que isso estaria dificultando os trabalhos da administração. Nessa mesma entrevista, a chefe do executivo, revelou ainda que dos cinco vereadores eleitos, que dariam sustentação ao seu mandato na câmara, dois foram impugnados, deixando a prefeita sem maioria na casa legislativa. Esse impasse mostrou a falta de competência política da gestora, e seu grupo, na época, em lidar com situações difíceis. Saiba mais em: http://www.frammarques.com.br/2015/12/ribeira-do-amparo-teti-britto-rompe.html

Nas eleições de 2016, Teti Britto (PSD), tentou voltar ao cargo de prefeita, mas foi derrotada por uma diferença de 2.572 votos, obtendo apenas 35,65% dos votos válidos, contra os 63,98% votos, obtidos pelo prefeito eleito Germano Santana (PT).

Porque Teti Britto foi afastada pela justiça do cargo de prefeita

Em 2016, atendendo aos pedidos apresentados pela promotora de Justiça Pollyanna Quintela Falconery na ação civil pública movida contra a gestora, o juiz Abraão Barreto Cordeiro decretou o afastamento da prefeita Teti Britto do cargo e ainda a indisponibilidade dos bens da gestora até o limite de R$ 13.712.071,22. Esse montante, de acordo com a promotora de Justiça, foi referente “à dilapidação de verbas públicas municipais oriundas de precatório da Justiça Federal”.

Na época Ribeira do Amparo recebeu R$ 36.435.620,80 a título de precatório decorrente de ação judicial movida contra a União perante à Justiça Federal. O valor, explica Pollyanna Falconery, foi proveniente do reconhecimento do repasse feito em quantia menor ao legalmente devido pela União, à título de Fundeb. Esse valor, assim que recebido, foi transferido pelo município para contas diversas da Prefeitura. A Justiça bloqueou e conseguiu recuperar uma parte. A outra parte, continuou a promotora de Justiça, foi “dilapidada em apenas três dias”. De acordo com ela, “a gestora gastou, em três dias, aproximadamente a metade da receita anual do município”. Foram realizadas transferências equivalentes a 40,71% das receitas anuais do município para contas de particulares, pessoas físicas e jurídicas. Isso, registra a ação, “indica a malversação das verbas públicas e sua consequente dilapidação e incorporação ao patrimônio de particulares”. Para Falconery, “nada justifica a intensa movimentação financeira e transferências excessivas de valores de contas públicas municipais para mais de cinquenta contas particulares de pessoas físicas (inclusive a da prefeita) e jurídicas em apenas três dias”.

Conforme o documento, a prefeita deu início a 18 procedimentos licitatórios na iminência de recebimento do precatório. As licitações, publicadas no mês de novembro, previam a aquisição dos mais variados bens e serviços. Ocorre que, segundo a promotora, todos os avisos de licitação publicados foram feitos de forma obscura, sonegando informações essenciais à disputa do certame. Além disso, elas não eram de caráter emergencial ou essenciais à prestação do serviço público. O intuito, registra Falconery, “era gastar os valores oriundos do precatório”. Saiba mais em: https://www.mpba.mp.br/noticia/35592

Da Redação

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