
Em apenas seis meses de governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, teve 91 encontros com políticos e autoridades da Bahia, o que tem causado polêmica no cenário político. O ministro chegou a receber até mesmo o prefeito de uma cidade com apenas 13 mil habitantes, que conseguiu ser recebido duas vezes pelo ministro. Essa postura vai contra a orientação do presidente Lula, que havia solicitado que todos os ministros mantivessem suas portas abertas para atender parlamentares.
Rui Costa tem se concentrado em atividades de articulação interna do governo, além de tratar de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Essa mudança de perfil não tem agradado ao Centrão, um bloco político influente, que contava com o apoio do senador Jair Bolsonaro. A insatisfação do Centrão com o ministro também se deve ao fato de que ele é responsável pelas indicações de emendas e cargos antes da publicação no Diário Oficial da União (DOU).
Parlamentares têm se queixado de Costa, acusando-o de dificultar as indicações do Congresso e, em alguns casos, de privilegiar aliados petistas em detrimento de nomes do Centrão. Essa situação tem gerado descontentamento e controvérsias, colocando o ministro em uma posição delicada dentro do governo.
É importante ressaltar que essa postura do ministro vai de encontro às orientações do presidente Lula, que buscava manter um diálogo aberto com os parlamentares. O relacionamento com o Centrão, especialmente, é crucial para a governabilidade e aprovação de projetos de interesse do governo. Resta saber como essa situação se desdobrará nos próximos meses e qual será o impacto disso nas relações políticas em Brasília.
0 Comentários