Durante o julgamento de Aécio Lúcio Costa Pereira, o primeiro réu pelos atos ocorridos em janeiro deste ano, os ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), tiveram um acalorado debate sobre o papel do Ministério da Justiça naquele dia.
André Mendonça, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, mencionou que, na sua gestão, estava de prontidão para agir e que a Força Nacional poderia ter sido acionada para evitar os ataques aos prédios públicos. Ele expressou sua perplexidade quanto à invasão do Palácio do Planalto.
Moraes, que também ocupou a posição de ministro da Justiça, respondeu afirmando que a culpa foi da omissão da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, que deveria ter reprimido os manifestantes nas ruas. Ele ainda destacou que a Força Nacional não poderia atuar sem autorização do governo local.
O debate escalou, com Moraes considerando um "absurdo" a tentativa de Mendonça de culpar o ministro da Justiça pelo ocorrido. Após uma troca de palavras acaloradas, o ministro Gilmar Mendes interveio, e os ânimos se acalmaram. Mendonça e Moraes pediram desculpas um ao outro, e a sessão prosseguiu, com a conclusão do voto de André Mendonça.
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