A Megaoperação Contenção, realizada pelas polícias Civil e Militar na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro, tornou-se a mais letal da história do estado, deixando pelo menos 64 mortos, número que ainda pode aumentar.
O confronto provocou caos na cidade, afetando escolas, unidades de saúde e diversas vias que foram interditadas.
A ação mobilizou 2.500 agentes e teve como objetivo combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV), cumprindo 100 mandados de prisão. Até o momento, a operação resultou na apreensão de 93 fuzis, número próximo ao recorde histórico mensal de armas retiradas de circulação no estado.
O dia foi marcado por intensos tiroteios, descritos como uma verdadeira “zona de guerra”. A Praça da Penha amanheceu com uma fila de corpos estendidos em lona, chocando a população nesta quarta-feira (29).
Apreensões, prisões e fugas
Drones policiais registraram criminosos fortemente armados fugindo em fila indiana pela mata da Vila Cruzeiro. Em represália, membros do CV foram flagrados arremessando bombas por meio de drones.
Ao todo, 81 pessoas foram presas, incluindo Thiago do Nascimento Mendes, o Belão, braço direito do chefe “Doca” ou “Urso” e apontado como operador financeiro do CV no Complexo da Penha.
O governador Cláudio Castro afirmou que a maioria das tentativas de bloqueio à ação policial foi contida com êxito. Na manhã desta quarta-feira, o Rio de Janeiro retornou ao Estágio 1 de atenção, com transporte público e serviços operando normalmente.
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