Ele também criticou a derrubada de vetos ao licenciamento ambiental
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quinta-feira (4), medidas mais duras para casos de feminicídio e crimes contra crianças. A declaração foi dada durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão.
Lula pediu que o grupo elabore uma proposta com punições mais firmes para esses crimes.
“É preciso que a gente tenha uma proposta mais contundente. As pessoas que matam mulheres, que estupram crianças, que cometem pedofilia, não têm que ser tratadas com o respeito normal. Tem que ter uma coisa mais dura pra essa gente, porque eles têm que saber que é crime”, afirmou.
Lula pede fim da jornada 6x1
Durante o encontro, o presidente também sugeriu que o Conselhão apresente uma proposta para substituir o regime de trabalho 6 por 1, considerado por ele ultrapassado.
“Eu queria que esse conselho estudasse com muito carinho essa proposta da jornada de trabalho para acabar com essa coisa de 6 por 1. Porque não tem mais sentido, nesse país, com os avanços tecnológicos”, disse.
Crítica à derrubada de vetos ambientais
Lula voltou a criticar a derrubada, pelo Congresso, de seus vetos à proposta que flexibiliza regras de licenciamento ambiental no país. Segundo ele, os vetos tinham o objetivo de proteger o agronegócio de possíveis prejuízos internacionais.
“Quando alguém parar de comprar nossa carne, quando alguém parar de comprar nosso algodão, vão vir falar comigo outra vez: ‘Presidente, fala com Xi Jinping, fala com a União Europeia, fala com a Rússia’. Porque eles sabem que estão errados. Sabem que queremos que nossa produção seja cada vez maior, mas também mais sustentável e mais limpa”, declarou.
Conselhão debate sustentabilidade, economia e regulamentações
A reunião contou com representantes do governo, da sociedade civil, do setor produtivo, instituições científicas, lideranças sociais e povos tradicionais. O grupo apresentou balanço da atuação na COP30 e discutiu iniciativas relacionadas ao agronegócio, políticas públicas, inovação científica e estratégias de desenvolvimento sustentável.
Também foi apresentado o anteprojeto da Lei Geral de Direito Internacional Privado, que busca dar mais segurança jurídica a casos envolvendo cidadãos e empresas brasileiras e estrangeiras — por exemplo, quando um casal residente no Brasil possui bens em outro país.
Foto: Reprodução de redes sociais


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