Empresários donos de distribuidoras de gás denunciam concorrência desleal em Crisópolis

Eles também desconfiam de uma suposta compra de botijões sem nota fiscal.




Um empresário local que preferiu não se identificar por medo de sofrer qualquer tipo de represália, entrou em contato com o site JDLNordeste para denunciar a prática de concorrência desleal que vem acontecendo no município de Crisópolis, na comercialização do gás de cozinha (GLP).

De acordo com o comerciante, o também empresário conhecido pelo prenome Antônio, que é dono de um supermercado, vende o botijão com valor muito abaixo do mercado, causando insatisfação e desconfiança dos demais empresários do setor na cidade. Para eles, essa prática prejudica as demais distribuidoras, que não podem cobrar os mesmos preços.

“Por causa do Sr. Antônio tivemos que baixar nossos preços e nossa margem de lucro diminuiu muito, não temos mais como vender com esse valor. Não entendemos como ele pode praticar um preço tão abaixo do mercado se o representante da Nacional Gás que atende a ele também nos atende, ou seja, temos o mesmo fornecedor”, questiona indignado o empresário.

O denunciante explicou que o caso foi parar na delegacia, e depois de avaliado o caso, a delegada proibiu que os botijões fossem vendidos no supermercado, por ferir a legislação e as normas da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), onde determina que o GLP só pode ser comercializado por distribuidoras de gás que atendam às exigências de segurança para armazenamento dos botijões e outras documentações pedidas pela Agência.

O empresário declarou ainda que o dono do supermercado comercializa o gás na feira local nos dias de quarta, e segundo ele, os botijões são colocados à venda em uma carrocinha de madeira, a mesma que é usada para transportar as compras dos clientes do supermercado. Esse transporte, segundo o denunciante, é feita de forma irregular em um veículo sem identificação da empresa, razão social e código da ANP, como é exigido pela Agência de Petróleo.

Outro fato relatado pelo empresário é que como não há fiscalização nos finais de semana, o Sr. Antônio, contrariando a determinação da delegada, continua a vender, no supermercado dele, os botijões aos sábados e domingos.

Ao site JDLNordeste o empresário relatou que além do supermercado o Sr. Antônio possui um depósito de gás que está registrado em nome da filha. Ele também denunciou que o Sr. Antônio abastece pessoas que revendem o gás de forma clandestina.

Ele declarou que os empresários das outras distribuidoras locais já ingressaram com uma ação no Ministério Público e a delegada está tomando todas as providências cabíveis, e que foram feitas tentativas de diálogo com o Sr. Antônio para que ele parasse com essa prática, mas só obtinham uma resposta: “o gás é meu e vendo como eu quiser”.

Ainda, de acordo com os empresários, há uma desconfiança que para poder vender o botijão a um preço tão baixo o dono do supermercado estaria, supostamente, comprando os botijões sem nota fiscal, pois segundo eles, só dessa maneira o Sr. Antônio poderia obter algum lucro na comercialização desse produto. Essa é uma dúvida que caberá ao Ministério Público e as autoridades esclarecerem.

DA REDAÇÃO








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