Em entrevista, pré-candidato de Inhambupe Ademar Simões detona atual gestão municipal: "A cidade está totalmente abandonada"

Pré-candidato a Prefeitura Municipal de Inhambupe, Ademar Simões concedeu entrevista exclusiva ao repórter Egídio Pinto, do Jornal Diário do Litoral Nordeste, e não poupou críticas ao atual gestor municipal, Fortunato Silva Costa (Nena), que, segundo Ademar, abandonou a cidade, favoreceu familiares, amigos próximos e responde a diversos processos.


Ademar Simões é pré-candidato a prefeito de Inhambupe pelo MDB


Diário do Litoral Nordeste (JDL): Fala sobre esse processo que o Prefeito responde por conta de um suposto crime ambiental cometido no Rio Inhambupe.
Ademar Simões (AS): "O Ministério Público da Bahia entrou desde 2018, quando ele estava poluindo o rio, praticamente acabando, então foram dois multas, uma do Ibama no valor de mais de R$ 3 milhões, onde já foi julgado e condenado, e o MP-BA entrou com um processo crime contra ele, e esse Processo está correndo aqui, ele entrou com habeas corpus no STJ para barrar o processo e o STJ julgou por unanimidade contra ele, então o Processo está correndo aqui e vai ser julgado agora pelo Tribunal de Justiça daqui"

JDL: O que o Senhor pretende fazer em relação ao Rio Inhambupe caso seja eleito?
AS: "Evidente que temos que nos debruçar, discutir, trabalhar na questão da recuperação da nascente, aguadas, e também a discussão sobre o Rio Inhambupe que está em situação complicada devido à poluição com agrotóxicos e outros casos graves com a jogada de dejetos neles. Por conta da poluição, hoje você não pode ir para o rio. Em sua grande extensão ele vem sofrendo com o lançamento de dejetos, agrotóxicos, então as pessoas não podem mergulhar, tomar banho, usar água do rio".

JDL: E com essas ações do atual prefeito todo pequeno agricultor acaba se prejudicando...
AS: "Aqui nunca se investiu um centavo. O pequeno e médio agricultor está abandonado, sem ter um apoio. Não tem apoio técnico, de estrutura, de planejamento, nada. Inhambupe é um município agrícola, que produz até muita água, e a saída para o desenvolvimento, para a produção é no pequeno produtor e na geração de empregos e distribuição de renda, e nada nisso foi investido. As obras feitas no município foram feitas para quem não precisa. A população mais carente está abandonada. O município está abandonado em sua infraestrutura e na questão na estrutura produtiva".

JDL: Qual o "remédio" para que a cidade possa voltar a se desenvolver?
AS: "O que tem que se fazer para o município retomar o desenvolvimento, o caminho do emprego e fortalecer o comércio é você estruturar a pequena propriedade, o pequeno produtor, porque através dele você gera emprego, renda e melhora a qualidade de vida das pessoas, além disso precisa profissionalizar essa mão de obra".

JDL: E quando a Escola Profissionalizante do município, qual seu pensamento?
AS: "Claro que temos que dar apoio. A escola está no município e tem cursos profissionalizantes tanto na área da Agricultura como em outras áreas, e os cursos tem duração mais rápidas, de um, dois anos, com isso você vai qualificar essa juventude, esse trabalhador para fornecer essa mão de obra para o município e a região, fortalecendo assim a economia".

JDL: Então a Educação será prioridade em um eventual governo?
AS: "Tanto a Educação quanto a Saúde, e como a geração de emprego e renda, e a inclusão social dos jovens, combater preconceitos. É um projeto que nós temos, um programa de Governo onde estabelece todas essas diretrizes que vamos seguir com uma equipe organizada, uma administração transparente, participativa, para que a gente possa orientar e ouvir as sugestões da sociedade".

JDL: Como você avalia a gestão de Nena?
AS: "Ele passou três anos e dois meses sem fazer obra nenhuma, abandonou o município, e o que ele fazendo é uma tapeação em véspera de eleição. Asfaltou a cidade em cima de um calçamento, e os bairros populares não tem calçamento, e quando chove as famílias não podem sair porque alaga sair. Na zona rural nem se fala, está literalmente abandonada, sem nenhuma estrutura, seja de estradas, ruas, de serviços para as comunidades, Assistência Social".

JDL: E quanto ao fato de muitos parentes do Prefeito estarem atuando na gestão?
AS: É um governo para os que não precisam. A cidade está totalmente abandonada. As contas dele foram rejeitadas no exercício de 2018. Além de outras irregularidades, uma delas foi a contratação irregular, favorecimento atrás da compra de votos, e isso é um fato grave. Contrata pessoas da família que não precisam, mas trabalhadores humildes, os jovens que precisam estão ai abandonados".

JDL: Existem muitas reclamações quanto ao sistema de saúde do município. Qual seu diagnóstico em relação a essa situação?
AS: "A saúde do município está totalmente acabada desde o início. Falta remédio, na verdade nunca teve, faltava médico, e agora é pior porque a maioria dos médicos saíram, e a população está preocupada porque não tem profissionais da saúde na quantidade que exige para atender a população. Vamos dar muita ênfase nessa questão da saúde, e reabrir o Hospital para ter maternidade, para cirurgias eletivas, um laboratório para fazer exames simples, e temos que atender a população com eficiência aqui no município".

JDL: Quando ao fortalecimento do comércio, quais ações precisam ser tomadas?
AS: "Nós vamos ter que nos reunir e debater com os comerciantes ações que podem favorecer e fortalecer o nosso comércio, e inclusive fazendo compras só dentro da cidade. Logicamente essa massa salarial do campo ela vem para atender também o fortalecimento do comércio".

JDL: Como estão as articulações e as conversas com apoiadores? É verdade que existe uma conversa com o vice-prefeito?
AS: "O vice-prefeito é uma discussão posterior. Primeiro estamos convocando os companheiros, dialogando, conversando, juntando a todos que tem o interesse no desenvolvimento de Inhambupe, e mude essa política do individualismo. O trabalho é feito para favorecer um pequeno grupo e uma pequena parcela da população. Precisamos mudar isso e fazer uma política para todos, que acolha principalmente aquelas pessoas que mais precisam. Precisamos agregar a todos e atender ao desenvolvimento do município".

JDL: Quando serão realizados atos ou reuniões com lideranças?
AS: "Diante dessa pandemia do Coronavírus, as coisas ficaram indefinidas porque não sabemos a extensão dessa crise. Nós pensamos, inicialmente, mas por conta disso estamos de stand by aguardando encerrar esse surto para que a gente possa estabelecer um cronograma de trabalhos e eventos".

JDL: Qual mensagem você deixa para a população de Inhambupe?
AS: "Quero dizer a toda população de Inhambupe que reflita bem, vamos debater, discutir, construir esse caminho da melhoria da condição de vida, de atendimentos, inclusão das melhorias das pessoas mais carentes, dar uma formação a esses jovens, tirando eles dessa violência o que é terrível, então é preciso que nosso povo entenda isso, e estamos com muita convicção nesse projeto que é importante e depende da adesão de todos, onde as pessoas tenham prazer e alegria em viver".

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