Presidente do SINDETCURA analisa reunião com empresários de Alagoinhas e lamenta crise no transporte coletivo


Uma reunião envolvendo o Sindicato das Empresas do Transporte Público Coletivo Urbano de Alagoinhas, SIA, SICOMÉRCIO, CDL, Sindicato dos Comerciários e Sindicatos dos Rodoviários foi realizada no intuito de se discutir ações para minimizar os prejuízos que vem dificultando a manutenção do sistema de transporte coletivo urbano de Alagoinhas.

Além da pandemia, o que fez diminuir o número de passageiros, a venda de vale-transportes de maneira irregular, e fraudes vem prejudicando o sistema, que está vendo sua arrecadação cair.

Em entrevista ao Diário do Litoral Nordeste, o presidente do SINDETCURA, Tiago Lima Santório, explicou o motivo do encontro realizado em Alagoinhas.  "A finalidade é conscientizar os empresários da importância da compra do vale-transporte através do nosso Sindicato, uma vez que o transporte público ele mexe diretamente com a vida de todos os munícipes. Hoje nossa arrecadação de vale-transporte é muito baixa e a gente está se encontrando com as forças empresariais para conscientizá-los".

Segundo o presidente, o valor da passagem é baseado no número de usuários. "A tarifa é calculada em cima do número de pagantes, e hoje é muito pequeno. As gratuidades não são calculadas como tarifa porque não são pagantes, então estamos tentando aumentar nossa arrecadação de pagantes justamente para conseguir uma tarifa mais atrativa para todos".

Para o presidente, a pandemia prejudicou o sistema, que viu o número de passageiros diminuir nos últimos 10 meses. "Estamos vivendo uma crise muito grande, e ela se agravou com a pandemia. Nosso número de pagantes caiu absurdamente. Nós temos um contrato onde nos foi prometido mais de 680 mil passageiros por mês, só que este número caiu para 300 mil, então daí vem as dificuldades de manter os salários em dia, férias, pagamento de verbas rescisórias, principalmente a renovação da frota".

Além da pandemia, outras ações vem prejudicando a arrecadação. "Temos uma evasão de renda muito grande, são muitas fraudes. Pessoas usam cartões de outros beneficiários, e se beneficiam de algo que não é dele".

Quanto o valor de R$ 3,00 apresentado em reunião com o prefeito, o presidente do SINDETCURA confirmou que entrou com ação pedindo a nulidade da reunião devido a diversas irregularidades que aconteceram. "Tivemos uma reunião do Conselho, onde fizemos uma representação junto ao prefeito pedindo a nulidade da reunião onde foi levantada uma tarifa sem nenhum tipo de estudo técnico, e foi aprovada. Estamos pedindo que o prefeito desconsidere o que feito no Conselho uma vez que venha a causar danos ainda maior a população e a gente". 

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