O deputado Federal Daniel Silveira (PSL), ligado ao presidente Jair Bolsonaro, foi preso na noite da última terça-feira, 17, após gravar um vídeo ofendendo e fazendo apologia a ataques aos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
O mandato de prisão foi emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, que afirmou que o parlamentar cometeu diversos delitos.
“As condutas criminosas do parlamentar configuram flagrante delito, pois verifica-se, de maneira clara e evidente, a perpetuação dos delitos acima mencionados, uma vez que o referido vídeo permanece disponível e acessível a todos os usuários da rede mundial de computadores, sendo que até o momento, apenas em um canal que fora disponibilizado, o vídeo já conta com mais de 55 mil acessos”.
Em dos trechos do vídeo gravado e compartilhado em suas redes sociais, o deputado ameaçou o ministro Edson Fachin.
“Por várias e várias vezes já te imaginei (Fachin) levando uma surra. Quantas vezes eu imaginei você e todos os integrantes dessa corte aí. Quantas vezes eu imaginei você, na rua levando uma surra. O que você vai falar? Que eu tô fomentando a violência? Não, só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda assim não seria crime, você sabe que não seria crime. Você é um jurista pífio, mas sabe que esse mínimo é previsível. Então qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência após a refeição, não é crime”.
Agora, a definição sobre a manutenção da prisão e prosseguimento do processo vai depender dos Deputados, que irão decidir o futuro do parlamentar, pois segundo a Constituição, “os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.
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