Preço alto do gás de cozinha assusta baianos







Os valores dos insumos básicos para os brasileiros têm aumentado exponencialmente. Além da gasolina, que já chegou a custar R$6 em algumas regiões, o valor do gás de cozinha tem sido uma das grandes preocupações dos donos de casa.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de gás liquefeito de petróleo de 13 Kg, entre 22 e 28 de agosto, era de R$93,65. Na Bahia, o valor atualmente pode chegar a mais de R$100, dependendo da região.

Este cenário contrasta com o elevado número de pessoas voltando à linha de pobreza. Em decorrência da pandemia, que teve início em 2020, a população nordestina perdeu em -11,4¨% sua renda individual, segundo dados da pesquisa "Desigualdade de impactos trabalhistas na pandemia", da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Social), divulgada no último dia 9.


O alto preço do botijão, além de impactar diretamente no dia a dia no que se refere ao manuseio na cozinha, pode também acarretar em acidentes domésticos ao serem utilizadas alternativas inseguras, como o álcool ou lenha. Casos como queimaduras e incêndios são comuns. Em julho, um homem morreu ao ter 50% do corpo queimado ao cozinhar com álcool, em Goiânia.


                              É comum encontrar piadas sobre o alto valor do gás nas redes sociais





Por que o gás está tão caro?


Em julho, a Petrobras anunciou o novo preço médio de venda de GLP. Para as distribuidoras, o valor será de R$3,60 por kg, um aumento médio de R$0,20 (6%) por kg. As distribuidoras, por outro lado, precisam repassar o reajuste para a população para conseguirem equilibrar as contas.


Além do que acontece a nível nacional, as políticas internacionais também influenciam nos valores cobrados pelo gás. Desde de 2017, no governo de Michel Temer, a precificação dos gases pela Petrobras acompanha o preço do barril de petróleo no mercado internacional, com a adesão a Política de Preços Internacionais (PPI). Com o dólar em alta, os valores sobem. E, consequentemente, o dia a dia do brasileiro acompanha as mudanças.



Na capital baiana e região, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado em abril, a inflação acumulada no ano passado gerou uma alta de 22,76% no gás de cozinha. A média nacional é de 18,26%.

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