A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) vive uma nova fase de revitalização. Sob a liderança do diretor Thiago Guedes Viana, a instituição federal recupera, em apenas 100 dias, seu papel estratégico na agenda de desenvolvimento sustentável, com avanços em pesquisa, governança, articulação federativa e diplomacia agrícola.
O principal marco desse processo foi a edição de um novo decreto presidencial, que ampliou as competências da CEPLAC e reforçou sua missão de liderar a pesquisa, a inovação, a assistência técnica e a extensão rural na cacauicultura e nos sistemas agroflorestais sustentáveis.
“Estamos reconstruindo a CEPLAC como instrumento de desenvolvimento regional, integração internacional, competitividade do setor e sustentabilidade produtiva. É apenas o começo de um trabalho que exige planejamento e uma ampla rede de parcerias”, destacou Thiago Guedes.
Missões institucionais e liderança federativa
Entre julho e outubro de 2025, o diretor realizou missões institucionais na Bahia, no Pará e no Espírito Santo — estados que concentram mais de 98% da produção nacional de cacau. As agendas resultaram em novas articulações com governos estaduais, instituições públicas, universidades, setor privado e organismos internacionais, como FAO e IICA, fortalecendo a base técnica e política da CEPLAC.
No cenário internacional, a assinatura de um Memorando de Entendimento com o governo de Camarões simboliza o retorno do Brasil à liderança da cooperação Sul-Sul no setor cacaueiro.
Apoio ao campo e integração com os estados
O secretário de Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, afirmou que a CEPLAC retoma seu papel estratégico no estado.
“A CEPLAC volta a ser parceira do governo e dos produtores. O novo decreto e o trabalho da nova gestão representam um marco para a Bahia e para o cacau brasileiro.”
Já o secretário de Agricultura do Pará, Giovanni Queiroz, ressaltou a importância da atuação da instituição na Amazônia.
“A região precisa de instituições fortes. A CEPLAC, sob nova direção e com diálogo qualificado, tem atuado com foco em sustentabilidade e geração de renda, conectando o Pará às oportunidades da bioeconomia.”
O superintendente da Bahiater, Lanns Almeida, destacou que o novo decreto representa um avanço histórico ao incluir formalmente a assistência técnica e a extensão rural no escopo da CEPLAC.
“Isso abre caminho para uma integração ainda maior da ATER com o Estado da Bahia, ampliando o alcance junto aos agricultores familiares e fortalecendo o desenvolvimento rural sustentável.”
Para o agricultor familiar Luciano Silva, da Bahia, o fortalecimento da atuação da CEPLAC representa novas oportunidades no campo.
“Com o apoio renovado em assistência técnica, extensão rural, incentivo ao jovem e à mulher do campo, acesso ao crédito e à inovação, o agricultor pode crescer de forma sustentável.”
CEPLAC 100: rumo ao centenário
Com 68 anos de história, a CEPLAC projeta seu futuro com o objetivo de chegar ao centenário como referência mundial em cacau, agrofloresta e bioeconomia tropical, conectando o sistema integrado água, agricultura e floresta.
“Queremos chegar aos 100 anos com uma CEPLAC 100% forte, 100% sustentável e 100% presente em todas as regiões produtoras. É a CEPLAC 100. O Brasil tem todas as condições de ser protagonista global da sustentabilidade produtiva, com agricultores fortalecidos e o cacau como símbolo dessa jornada”, afirmou Guedes.
O diretor ressaltou ainda que a CEPLAC é o único ativo da agropecuária brasileira dedicado exclusivamente à cacauicultura, com um histórico reconhecido de inovação.
“A CEPLAC é uma instituição de credibilidade nacional e internacional, com um legado histórico e científico de valor imensurável. Foi e continua sendo o coração da pesquisa e da inovação do cacau no Brasil”, concluiu.
Foto: Reprodução de redes sociais.


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