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| Foto: Reprodução |
No último sábado(2), Lucimar de Jesus Campos e seus seis filhos morreram vítimas das chuvas que atingem o estado do Rio de Janeiro desde quinta-feira. Conhecidos por terem nascido e crescido na praia de Ponta Negra, em Paraty, a família vivia em uma moradia humilde feita de pau a pique; a comunidade, comovida pela situação, estava se organizando para oferecer aos sete a construção de uma casa.
Presidente da associação de moradores de Ponta Negra, Cauê Villela conta que a mulher era “extremamente trabalhadora”. De acordo com ele, Lucimar era mãe solteira e trabalhava com serviços gerais para sustento de sua família. Na última terça-feira, Lucimar havia participado de um mutirão realizado pela associação de moradores para limpar o bambuzal em volta da escola para fazer uma área para as crianças do local.
— Fizemos um mutirão e ela participou ativamente ao nosso lado – conta Cauê ao Jornal O GLOBO, e lamenta as mortes e se diz amigo da família.
Um primo de Lucimar que também mora desde que nasceu em Pota Negra, Edimar Souza, contou ao GLOBO que ela trabalhava bastante na roça, cultivando aipim para fazer farinha. Ela também pescava, eventualmente. Pelas redes sociais, Edimar publicou desabafos lamentando as perdas:
— Meu coração não aguenta mais com tanta desgraça. O que está acontecendo com minha comunidade, senhor? – disse numa das postagens.
Dois dos membros da família soterrada ainda não foram encontrados, Yasmin de 8 e Jasmin de dez anos. Os outros corpos já foram removidos, segundo a associação de moradores – que acompanha de perto o trabalho dos bombeiros. Foram encontrados mortos: Lucimara de Jesus Campos, 17 anos; Luciano de Jesus Campos, de 15 anos; Estevão, cinco anos e João, de dois. O corpo da mãe, Lucimar, foi resgatado pelos moradores.
Fonte: O GLOBO


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