Entrevista: Diretor do Tivoli Ecoresort Praia do Forte fala sobre projetos sociais no distrito de Mata de São João

João Eça Pinheiro, diretor do Tivoli Ecoresort Praia do Forte há 12 anos


Uma troca justa com o local. É essa a proposta do Tivoli Ecoresort Praia do Forte, um dos maiores resorts da Bahia. Localizado no distrito de Mata de São João, o Tivoli possui uma forte ligação com a comunidade local: através de projetos sociais, tem incentivado o surgimento de um cenário cultural sólido, principalmente em assuntos voltados para a sustentabilidade.


Seguindo os passos iniciados pelo empresário Klaus Peters, fundador e presidente da Fundação Garcia D’ávila, e primeiro proprietário do Eco Resort Praia do Forte, que hoje abriga o Tivoli Ecoresort, o grupo tem ajudado os habitantes da região a se conectarem mais com a arte e com a sustentabilidade.

Na entrevista a seguir, João Eça Pinheiro, diretor do Tivoli Ecoresort Praia do Forte há 12 anos, conversou sobre de que maneira o setor privado tem se integrado com a comunidade de Praia do Forte. 


Quando surgiu a ideia dos primeiros patrocínios de projetos sociais para a comunidade local? E por quê?

O pioneiro, na verdade, foi obviamente o Klaus Peter que teve essa iniciativa de projetos sociais a mais de 40 anos. Porque todos sabem que Praia do Forte era uma fazenda. Enfim, em 2007, o grupo Tivoli comprou o hotel e em 2010 eu vim pra cá, dei uma prioridade muito grande a projetos sociais, todo tipo de projeto que tenha sustentabilidade, porque para nós é algo muito importante e natural.

Quais os critérios para a escolha desses projetos e quantos já foram patrocinados ao longo dos anos?

São mais de 40 projetos apoiados anualmente. Só financiamos projetos sustentáveis, no sentido de estarem organizados e estruturados. Tem que ter o objetivo, e só muito bem fechados é que apoiamos, geralmente projetos da comunidade.

Estes mesmo critérios foram usados na aprovação do projeto do livro de Aguimar, visto que ele faz uma analogia no livro com a cultura local, entre eles um castelo, como de fato existe uma ruína de um castelo na região. Este foi um fator para aprovação?

Quando o projeto do livro do Aguimar nos foi apresentado, tinha proposta de contar a história da comunidade mesmo que através de uma história fictícia. Mas não tivemos dúvida em apoiar o projeto.


A quem coube a decisão final para a aprovação dos projetos do livro "Ritual dos Crânios"? Qual foi o seu real motivo de aprovação desse projeto?


Obviamente a decisão é minha, responsável máximo pelo hotel. Sim, o fato de uma pessoa ser da comunidade e com um projeto falando da comunidade influenciou na aprovação do projeto do livro.

Como diretor, o senhor se considera responsável pela relação estabelecida entre comunidade e a empresa? O Sr. acredita que estabelece uma ponte por meio desses patrocínios?

A comunidade está dentro do hotel, então o hotel e a comunidade, entendemos o papel que temos na comunidade são mais de 700 famílias, sendo 700 empregos diretos e mais de 1.500 indiretos. Existe de fato uma ligação, os projetos sociais só fortalecem essa parceria.

O senhor define essas ações sociais como dever social? Existe um fundo destinado a essas causas sociais e como é definido e destinado?

Existe uma verba destinada a projetos sociais, essa verba é retirada de uma parte de cada diárias sendo estes culturais e materiais todo tipo de projetos que vale a pena apoiar.


Qual é o público alvo? Ou é destinado apenas a comunidade local? Existem alguns projetos aprovados fora do município de Mata de São João?

Obviamente pessoas da comunidade, porém temos alguns projetos desde a comunidade local; Casa da Mata em Imbassaí, Açuzinho da Torre, Barro Branco e vários outros. Como também apoiamos do Uruguai em Salvador projeto com a gestante e da sopa diárias apoiamos 100%.


Qual seu sentimento, enquanto diretor geral do Ecoresort Tivoli Praia do Forte, por ser o responsável pelo primeiro patrocínio de um livro, sendo o Aguimar o primeiro escritor homem de Praia do forte?

Sentimento de grande satisfação, porque da forma que fui criado, dar o da terra o que nos foi dado, não se trata de ser o primeiro e sim do fato do projeto apresentar início, meio e fim.

Poderemos contar com novos patrocínios a escritores da região? Qual mensagem que você deixa para futuros escritores e para o próprio Aguimar?

Desde que sejam projetos muito bem estruturados, não teremos problema. Dependendo do contexto, com certeza iremos apoiar.

Uma enorme satisfação, orgulhoso por ajudar a realizar os sonhos, ensinar as outras pessoas lerem a história no caso do Aguimar fazer uma história com base na e para comunidade local. De fato é um grande feito, estes 12 anos que estamos apoiando e agora mais que nunca estamos inclinados a apoiar. Minha mensagem é que acredite em seus sonhos e faça algo que de fato tenha talento e terá sucesso.


Entrevista: Tatiana Carrena
Edição e revisão: Jornal Diário do Litoral Nordeste















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