Sem diálogo com a gestão, professores de Entre Rios aguardam pagamento de salário de dezembro de 2020

Apesar de hoje ser o dia de celebrar as mães, as professoras de Entre Rios não possuem motivos de comemoração no que diz respeito ao âmbito profissional. Isso porque desde o início do governo do atual prefeito Manoelito Argolo, todos os servidores do ensino municipal da cidade aguardam diálogo com a gestão.


Além de não receber a APLB de Entre Rios, a secretaria de educação e o executivo da cidade iniciaram ciclos de reformas nos equipamentos municipais, o que impediu, até hoje, a retomada das aulas presenciais. Com as atividades de maneira remota desde o início da pandemia em 2020, alunos estão sendo prejudicados e professores estão sobrecarregados. “O sentimentos dos professores é que estão exaustos e estavam esperando o retorno de forma presencial”, compartilha  Lourdes de Conceição, Diretoria da Delegacia do Núcleo de Entre Rios. “Certamente está sendo muito desgastante para os professores quanto para os nossos alunos”, sinaliza.


“A Delegacia Sindical APLB Sindicato está cobrando desde o início dessa  gestão o salário de Dezembro de 2020 dos profissionais de Educação, ainda estamos tentando dialogar com a  gestão mas, a mesma não recebe a APLB”, continua Lourdes. De acordo com ela, o reajuste anual dos não docentes e o do piso do magistério, respeitando o Plano de Carreira, também não estão sendo cumpridos e nem há diálogo sobre o assunto.


FESTAS NO MUNICÍPIO E ABANDONO DA EDUCAÇÃO


Mesmo com o cenário de negligências em relação aos profissionais da educação, o município de Entre Rios tem recebido cada vez mais festas e comemorações de grande porte. No último sábado(7), o prefeito Manoelito Argolo comemorou seu aniversário com uma festa de grandes atrações: Tierry, Mambolada e George Ferreira. Em março, na comemoração de 150 anos da cidade, a atração foi Bell Marques, ex-vocalista da banda Chiclete com Banana. 


No entanto, a população questiona o papel da gestão a respeito de melhorias na educação da cidade. Como a prefeitura consegue investir em festas e não há recursos para pagamento de professores? De qual maneira uma cidade pode crescer e se desenvolver apenas com investimentos em festas temporárias e de pouco impacto cultural e social?


Em dois anos de pandemia, a prefeitura de Entre Rios achou adequado iniciar o processo de reformas das escolas justamente durante o período de retomada das atividades presenciais? Por que não foi feito enquanto os alunos estavam ainda em isolamento social? Onde está a Câmara Municipal na cobrança de ações do executivo?


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